segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Dezembro e Drummond


Olá!


Drummond escreveu uma série de poemas, que depois foram reunidos sob o título de "Poemas de dezembro". São pequenas reflexões sobre esse mês transitório, entre o fim e o começo. Resvalam por eles, sempre, um elemento: a esperança. Como todos nós, pobres mortais, o poeta de Itabira tinha fé no começo. No ano que se avizinhava, prenhe de tudo. Por isso, celebro dezembro e celebro Drummond com um dos seus "poemas de dezembro":



"Quem me acode à cabeça

e ao coração

neste fim de ano, entre

alegria e dor?

Que sonho,

que mistério,

que oração?

Amor".


(dezembro de 1985)



FELIZ ANO NOVO!


Do Jorge.
P.S.: O nome do poeta está grafado incorretamente na fotografia, como os mais argutos perceberam. É que a ela era tão linda que não quis perdê-la.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Olá!

Tempo, tempo, tempo, tempo... ih, até parece aquela música do Caetano. Fiquei out, sabem como é: fim de ano, provas para corrigir, o vestibular dos meninos do cursinho, reuniões, conselhos de classe. Fuji daqui. Mas agora, as coisas amainam. As Festas estão à porta, depois férias. Listei o que vou fazer em janeiro, vejam se convém:

1) Tomar cafés da manhã bem demorados (é um luxo, para quem acorda cedo e corre para o trabalho todos os dias, como eu);

2) Ler bobagens (estão encomendados livros da Agatha Christie e afins), sem compromisso com a seriedade;

3) Voltar a caminhar nos fins de tarde (tive que parar com o fim do ano);

4) Ficar sem fazer nada, no sofá, à tardinha, ouvindo música...

5) etc etc etc

Pequenos prazeres assim, que mereço.


Do Jorge.

Post scriptum: Para que não se perca o costume, vá lá o do dia:

"O nadador"

O que me encanta é a linha alada
das tuas espáduas, e a curva
que descreves, passáro da água!

É a tua fina, ágil cintura,
e esse adeus da tua garganta
para cemitérios de espuma!

É a despedida, que me encanta,
quando te desprendes ao vento,
fiel à queda, rápida e branda.

E apenas por estar prevendo,
longe, na eternidade da água,
sobreviver teu movimento...

(Cecília Meireles)