quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Prêmio Nobel de Literatura











Olá!


Está aberta a temporada do Prêmio Nobel. O primeiro dos seis (Física) será anunciado em Estocolmo em 05 de outubro. Nem preciso dizer que o que mais me interessa é o de Literatura. É como um ritual acompanhar a bolsa de apostas londrina Labrokes.com, conferir quem tem mais probabilidades (embora nunca acertem) ou ler os críticos e blogueiros de plantão dando seus palpites. Acompanho tudo e faço minhas apostas. Tenhos meus nomes preferidos, aqueles que gostaria que ganhassem o prêmio e é por eles que torço.


Quem me conhece sabe que sonho ver o prêmio concedido ao antropólogo Claude Lévi-Strauss, 101 anos. Alguns não-escritores ganharam o prêmio ao longo dos seus mais de cem anos de história: Theodor Mommsen (historiador), Henri Bergson (filósofo), Winston Churchill (estadista) e Jean-Paul Sarte (filósofo) são alguns deles. Portanto não seria antiprotocolar entregar a Lévi-Strauss o Nobel, por tudo o que ele representou para as ciências humanas no século XX. Mas acho que não verei isso acontecer. Mas ficarai bastante contente se a laureada fosse a norteamericana Joyce Carol Oates ou a canadense Margaret Atwood. Grandes damas das letras, ambas merecem o prêmio por suas obras que transitam pelo feminino e suas ramificações (Oates) e pelo universo fantástico e absurdo contemporâneo (Atwood). Também torço por Philip Roth (eterno candidato) e seus retratos da sociedade americana de nosso tempo ou Mario Vargas Llosa, que amei desde sempre, quando li "Pantaleão e as visitadoras".

Brasileiros? Ora, os realmente capazes de ganhar já estão mortos. Falo, naturalmente, de João Cabral de Melo Neto e Jorge Amado. Dos vivos, poucos têm projeção necessária para seduzirem a Academia Sueca, embora muitos dos nossos mereçam, como Lygia Fagundes Telles, Autran Dourado e Ferreira Gullar, por exemplo. Mas penso que não será desta vez que o Brasil terá um Nobel.

Conjeturas, enfim. Afinal, tudo pode acontecer no início do mês que vem, numa quinta-feira (já que ainda não há data marcada, conforme tradição secular dos suecos). Lembro do susto de Elfriede Jelinek, que ganhou em 2004 (praticamente desconhecida) ou do Dario Fo, em 1996 (cuja obra é ridícula e pífia). Quem sabe esse susto não é agradável? É pagar pra ver.

Do Jorge.

P.S.: As fotos são de (de cima para baixo) Mario Vargas Llosa, Philip Roth, Margaret Atwood, Joyce Carol Oates e Claude Lévi-Strauss.













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